Qual o melhor: e-commerce ou marketplace? Opinião de experts
E-commerce e marketplace são maneiras de vender online, mudando apenas o tipo da plataforma. Enquanto o marketplace é um espaço de vendas fornecido por uma outra empresa, no e-commerce, você conquista sua própria loja virtual. No entanto, as estratégias podem ser combinadas para alcançar um maior número de clientes.
Você está em dúvida entre e-commerce ou marketplace para começar a vender online? De acordo com uma pesquisa da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), apresentada pelo E-commerce Brasil, as vendas totais de lojas virtuais no Brasil atingiram a marca de R$ 44,2 bilhões apenas no primeiro trimestre de 2024.
Ainda de acordo com o E-commerce Brasil, as vendas em marketplaces apresentaram um crescimento de 45%, em relação ao ano anterior, apenas no faturamento da semana da Black Friday.
Por isso, seja no e-commerce ou no marketplace, seu negócio tem grandes chances de dar certo. Então, se deseja se aprofundar no assunto, confira as principais diferenças entre e-commerce e marketplace e aprenda a fazer a escolha certa para sua empresa no conteúdo a seguir.
Agora, se você quer se adiantar e começar a contar com os inúmeros benefícios de um e-commerce próprio, aproveite para criar uma loja virtual grátis na Nuvemshop!
O que é e-commerce?
E-commerce, também conhecido como comércio eletrônico, é a compra e venda de bens e serviços pela internet no site próprio de determinada marca.
Nesse modelo de negócio, os clientes podem acessar uma loja online para navegar e fazer pedidos de produtos ou serviços por meio de seus próprios dispositivos.
À medida que o pedido é feito, o navegador do consumidor se comunica com o servidor que hospeda a sua página de vendas.
Em seguida, os dados relativos ao pedido são transmitidos a um computador central, conhecido como gerenciador de pedidos, encaminhado para um banco de dados, que gerencia os níveis de estoque e por último para um sistema que valida as informações do pagamento online.
Depois de toda essa verificação, o cliente recebe uma mensagem de que seu pedido foi processado com sucesso e em breve será enviado.
Na sequência, o lojista separa o pedido realizado pelo consumidor, embala os itens e envia a encomenda pelo correio ou por alguma transportadora.
O que é marketplace?
Um marketplace é um canal utilizado para compra e venda de produtos. Nele, é possível encontrar diversos vendedores com diferentes ofertas de preço para um mesmo item.
Ou seja, o marketplace funciona como um shopping online no qual o consumidor encontra diferentes lojas e pode comparar ofertas e condições.
Além disso, no marketplace, você normalmente paga uma taxa de comissão sobre as vendas para a empresa dona da plataforma.
Na palestra sobre “Como usar o marketplace para aumentar a base de clientes”, apresentada no Fórum E-commerce Brasil, Claudio Dias, CEO da Magis5, fala sobre a importância de começar um negócio do marketplace e depois acelerar outros canais:
"Os marketplaces representam mais de 75% das vendas online. É muito mais fácil começar vendendo em um marketplace, criar uma estratégia e depois usar todo esse poder para levar a audiência para outros canais, como o seu site."
💡Saiba mais: Como vender em um marketplace?
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Quais as diferenças entre e-commerce e marketplace?
E-commerce e marketplace são maneiras de vender online, mudando apenas o tipo da plataforma.
Enquanto o marketplace é um espaço de vendas fornecido por uma empresa, no e-commerce, você conquista sua própria loja virtual. No entanto, eles também podem ser usados juntos para somar forças.
Agora, veja as principais diferenças entre os modelos de venda:
1. Controle sobre o negócio
O controle que você vai ter sobre o seu negócio quando você opta por seguir o caminho do e-commerce é maior quando comparado ao marketplace.
Isso porque, no marketplace, além de estar sujeito às comissões, você fica refém do algoritmo daquela plataforma, que pode te exibir para os usuários ou não.
Com um e-commerce, você consegue trabalhar melhor o branding da sua marca, construir estratégias de marketing melhor direcionadas para seu site, fazer a captura e nutrição de leads, entre outros.
2. Investimento inicial
No ponto do investimento inicial, uma plataforma de marketplace exige um investimento menor para começar a operar.
Por outro lado, caso você escolha seguir o caminho de criar uma loja virtual, seu investimento inicial pode ser maior. Isso porque criar um site exige atenção a algumas etapas que já estão prontas no marketplace, como integrar formas de pagamento e fazer o design, por exemplo.
Como alternativa, existem plataformas de e-commerce que oferecem mensalidades acessíveis, além de partes técnicas e operacionais prontas para você.
📹 Veja também: Quanto custa abrir uma loja online: custos de loja virtual própria x marketplaces
3. Logística
No e-commerce, o lojista fica responsável pelo gerenciamento do estoque e envio dos produtos. No próprio site, o empreendedor tem total controle e pode escolher as transportadoras de sua preferência e os prazos de entrega. Além disso, ele pode definir estratégias como frete grátis e retirada do produto em loja física, por exemplo.
Por outro lado, no marketplace, a logística varia de acordo com as regras de cada plataforma. Alguns marketplaces oferecem fulfillment (são responsáveis pelo armazenamento e envio dos produtos), outros deixam a responsabilidade logística por parte do lojista.
Outro ponto importante é que os prazos e transportadoras disponíveis no marketplaces costumam seguir padrões pré-estabelecidos, sem oferecer flexibilidade para o vendedor.
4. Formas de pagamento
Outra diferença importante entre e-commerce e marketplace acontece na configuração das formas de pagamento. No primeiro, o lojista tem total liberdade para decidir quais meios aceitar em sua loja, como cartão de crédito, Pix, transferência bancária, entre outros.
Além disso, o empreendedor fica livre para escolher o gateway de pagamento que deseja integrar, com base nas taxas e formas de recebimento mais atrativas para seu tipo de negócio.
Enquanto isso, no marketplace, a questão dos pagamentos já está configurada e o empreendedor não precisa se preocupar em escolher formas e intermediadores de pagamento, mas precisa se adequar às opções oferecidas pela plataforma. Normalmente, o marketplace oferece diversas opções de pagamento, o que também é atrativo para os clientes.
3. Exposição dos produtos
Este é mais um ponto onde, inicialmente, o marketplace é mais vantajoso, uma vez que a plataforma já tem sua própria credibilidade, autoridade digital e tráfego.
Por outro lado, um e-commerce demora a ganhar uma exposição considerável, uma vez que é necessário implementar estratégias, como SEO (Search Engine Optimization) e divulgação nas redes sociais.
Essas estratégias precisam ser trabalhadas recorrentemente para que sua marca tenha chances de aparecer nas buscas de possíveis clientes.
4. Exposição da marca
Em um marketplace, o nome da marca das empresas anunciantes são exibidos sem nenhum destaque nas páginas dos produtos. Isso porque os marketplaces são marcas e, por isso, também estão preocupadas em trabalhar para fortalecer suas próprias estratégias de branding dentro dos seus sites.
Por outro lado, em um e-commerce, você consegue ter total exposição da sua marca. É possível criar toda a identidade visual, personalizar a paleta de cores para deixar sintonizada com o seu logotipo, trabalhar estratégias de branding, compartilhar sua história, propósitos e muito mais.
Claudio Dias também aproveita a palestra para explicar sobre a diferença entre a construção da marca no marketplace e no e-commerce próprio:
"O cliente que compra de você no Mercado Livre ou na Shopee não vai voltar para comprar de você de novo, diferente do de um de um site próprio, que vai comprar e voltar para comprar de novo. Então, esse acho que é o grande erro: não entender que o cliente do marketplace não é cliente de vocês."
5. Lucro
Para permitir o cadastro dos produtos nas plataformas, os marketplaces cobram comissões sobre as vendas. Por isso, é muito provável que sua porcentagem de lucro nesses sites seja menor. Ah, e vale mencionar que as comissões cobradas podem subir a qualquer momento, prejudicando suas vendas.
Além disso, por causa da concorrência, é possível que você precise se adequar com preços similares ao que os seus competidores estão oferecendo.
Já no e-commerce próprio, o lucro tende a ser maior, já que as vendas são feitas diretamente pelo lojista, sem o envolvimento de terceiros. Entretanto, é necessário considerar que os custos operacionais com marketing, hospedagem do site, logística e taxas de meio de pagamento costumam ser mais elevados.
Por fim, com sua loja online própria, a estratégia de precificação costuma ter menos amarras em relação aos concorrentes porque há mais espaço para trabalhar a proposta de valor dos seus produtos.
6. Escalabilidade do negócio
Ao optar por um e-commerce, o crescimento da loja depende da capacidade do empreendedor de investir em marketing, logística, atendimento ao cliente e estratégias orgânicas. Além disso, na loja virtual, fica mais fácil criar uma relação de proximidade com os clientes e investir em estratégias de fidelização.
Por outro lado, no marketplace, apesar de a plataforma já ter um alto tráfego de clientes consolidado, a competitividade costuma ser muito grande. Assim, as chances de o seu produto aparecer nas pesquisas diminui significativamente.
Outro ponto é que os clientes do marketplace costumam associar a compra apenas ao nome da plataforma, sem procurar saber mais sobre qual a loja por trás daquela venda.
O especialista Claudio Dias explica sobre a diferença na conquista do cliente nas plataformas:
"A gente percebe que mais de 70% dos vendedores de marketplace não têm loja virtual própria, eles simplesmente ignoram a importância de ter uma loja própria, esse é o primeiro erro. No marketplace você não consegue fidelizar um cliente, por exemplo."
E-commerce ou marketplace: qual escolher?
Aqui, infelizmente, não existe resposta certa nem fórmula mágica: tudo vai depender dos seus objetivos. No entanto, a boa notícia é que você pode ter o melhor dos dois mundos, já que usar um marketplace não exclui a possibilidade de você ter uma loja virtual própria.
Aliás, os dois métodos podem ser combinados para somar forças. Muitos empreendedores aplicam essa estratégia e relatam sucesso.
Para quem está começando, pode ser interessante pensar em um método combinado. Isso porque, no início, sua loja virtual ainda não vai ter uma autoridade digital sólida, algo que só se constrói com o tempo.
Bruno de Oliveira, Fundador do Ecommerce na Prática e VP de Educação na Nuvemshop, na sua palestra sobre varejo bilionário, aproveita para explicar sobre a importância de combinar os canais de venda para ter sucesso:
"Mais de 50% do e-commerce brasileiro está nos marketplaces. A gente levanta muito a bandeira da loja virtual, a gente quer que todo mundo tenha a loja virtual porque você precisa ter a sua própria estrutura, sua própria marca, mas não vejo sentido em ignorar o marketplace."
[Extra] Ateliê Pontos e Fios: do marketplace à independência da loja virtual
Se você chegou até aqui e ainda está em dúvida entre marketplace ou e-commerce, trouxemos a história da empreendedora Kellen Sinhoreli Feichus para servir de inspiração. Ela é a fundadora do Ateliê Pontos e Fios, especializado em produtos de crochê.
A artesã criou sua marca em 2017 e iniciou suas vendas online no marketplace Elo7, voltado para produtos artesanais. Ela relata que, no começo, vender nessa plataforma foi uma escolha certeira, já que o negócio cresceu rapidamente.
Porém, conforme os pedidos aumentaram, o marketplace se mostrou ineficiente. Kellen relata dificuldades com meios de pagamento, formas de envio e taxas muito altas.
Assim, devido a esses problemas, em 2018, ela decidiu criar uma loja virtual na Nuvemshop para ter mais autonomia e funcionalidades profissionais.
Com uma loja virtual própria, ela conseguiu escolher o próprio intermediador de pagamento, o Nuvem Pago, que oferece taxas competitivas e também permite parcelamento, o que é importante para sua loja, já que a maioria das vendas são pagas com cartão de crédito.
Além disso, ela também solucionou o problema do alto valor do frete com o aplicativo de logística Manda Bem. Assim, ela conseguiu oferecer aos clientes preços mais competitivos e, consequentemente, suas vendas aumentaram.
"Indico a Nuvemshop para todos que querem abrir uma loja virtual. O jeito de montar a loja é muito simples, o atendimento é solícito e o preço cabe no bolso. Além disso, o frete fica bem mais em conta e eu tenho liberdade para colocar parcelamento, frete grátis e o que eu quiser."
🚀 Conheça o case de sucesso: Ateliê Pontos e Fios: do marketplace à independência da loja virtual
Entendeu como escolher entre e-commerce ou marketplace?
Agora que você já conhece as diferenças entre e-commerce e marketplace, os benefícios e o que ter em mente na hora de escolher a melhor plataforma, pode selecionar o canal que faz mais sentido para sua estratégia.
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