Passo a passo para começar a empreender no segmento LGBTQIAPN+

casal de homens representando o empreendedorismo lgbt
Pontos principais do artigo:
  • A principal dica para começar o empreendedorismo LGBT é: seja um defensor da causa. Isso porque, quando o público comprador percebe que isso não acontece, costumam associar a marca ao chamado pinkwashing, isto é, a autopromoção às custas do movimento com interesse apenas econômico;
  • Em seguida, conheça o seu público-alvo e defina o seu nicho de atuação. Por fim, é importante ficar atento às datas importantes da comunidade LGBTQIAPN+ para fidelizar clientes, mostrar apoio e, consequentemente, divulgar a sua marca;
  • Se você está procurando uma solução para começar no segmento, a plataforma de e-commerce da Nuvemshop permite a criação de uma loja virtual grátis.

Começar um negócio em um nicho de mercado específico é uma das principais tendências para quem quer ter a própria empresa. Nesse sentido, o empreendedorismo LGBT está ganhando mais visibilidade e relevância no Brasil e no mundo.

De acordo com o estudo Rainbow Homes, promovido pela Nielsen em 2022, o grupo LGBTQIAPN+, formado por lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queers, intersexo, assexuais e outras identidades de gênero, movimenta, em média, R$ 10,9 bilhões por ano em compras no varejo e no comércio eletrônico.

E ainda tem mais: segundo a mesma pesquisa, as famílias compostas por casais do mesmo sexo ou mesmo por uma pessoa gay, lésbica ou transgênero, respondem a 5,5% do consumo no país, com um gasto 14% maior do que outros grupos familiares. Informações valiosas, não é mesmo?

Então, se você está interessado em começar um negócio nesse nicho de mercado, continue com a leitura deste artigo e veja o passo a passo para empreender no mercado LBTQIAPN+. Vamos lá? 🌈

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Passo a passo para ser um empreendedor LGBTQIAPN+

1. Seja um defensor dos direitos LGBTQIAPN+

Antes de elaborar um plano de negócios e fazer pesquisas de mercado, o primeiro requisito para começar no empreendedorismo LGBT é ser um defensor da causa.

Isso porque, quando o público comprador percebe que não é esse o caso, costumam associar a marca ao chamado pinkwashing, isto é, a autopromoção às custas do movimento com interesse apenas econômico. E esse não é objetivo desse tipo de negócio!

Afinal, de acordo com o Relatório Orgulho LGBTQIAPN+ 2023, elaborado pela empresa de tecnologia Opinion Box, 69% dos consumidores LGBTs preferem comprar em empresas que demonstram apoiar a diversidade e a inclusão.

Então, para adentrar nesse nicho, é preciso ir além de criar produtos com as cores da bandeira do arco-íris, no Mês do Orgulho LGTBQIA+ (junho). É preciso ser um defensor da causa e entender toda a complexidade delicada que esse nicho traz durante todo o ano, tá bem?

💡Saiba mais: Como começar a empreender do zero?

2. Defina o seu nicho de atuação

O mercado LGBT é ainda pouco explorado pelos empreendedores brasileiros. De acordo com a pesquisa Global Consumer Pulse, 57% dos consumidores afirmam que não se sentem representados pelas campanhas publicitárias das grandes marcas.

Por esse e outros motivos, é importante entender quais são as pautas das comunidades e as principais dificuldades enfrentadas antes de definir o seu nicho de mercado.

Para se ter uma ideia de onde começar, um levantamento da Our Leadership, organização global que promove ações voltadas à população LGBTQIAPN+ no mundo corporativo, revelou que os produtos mais comprados em 2022 por pessoas desses grupos foram:

  • Vinhos (48%);
  • Computadores e aparelhos eletrônicos (43%);
  • Outras bebidas alcoólicas (35%);
  • Barbeadores (32%);
  • Produtos de higiene pessoal masculina (32%);
  • Velas e incensos (31%);
  • Odorizadores (27%);
  • Cafés (19%).

No entanto, não deixe de fazer uma análise de mercado para entender mais a fundo as dores, problemas e necessidades que os seus potenciais clientes têm.

Com os dados coletados, é possível que você compreenda o que eles buscam na internet para comprar, qual a principal forma de comunicação e como a sua empresa pode ajudar.

💡 Saiba mais: Como empreender em tempos de crise e ter sucesso?

3. Conheça o seu público

Como já mencionado, as pessoas LGBTQIAPN+ têm demandas muito além daquelas voltadas ao consumo. Por isso, estudar o público-alvo com atenção é fundamental para empreender neste nicho de mercado.

Se você não fizer parte do grupo LGBTQIAPN+, o primeiro passo é conhecer a sigla que representa a comunidade e o seu significado.

Dessa forma, você vai poder ter uma dimensão de quem serão os seus potenciais compradores e as suas características. Então, vamos lá:

  • L (Lésbicas): mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outras mulheres;
  • G (Gays): homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outros homens;
  • B (Bissexuais): homens e mulheres que sentem atração afetivo/sexual pelos gêneros masculino e feminino;
  • T (Transgênero): se refere a uma pessoa que não se identifica com o gênero ao qual foi designada em seu nascimento;
  • Q (Queer): são aqueles que não se identificam com os rótulos existentes para classificar as identidades de gênero e de orientação sexual;
  • I (Intersexo): se refere as pessoas que nascem com características sexuais (incluindo genitais, gônadas e padrões cromossômicos) que não se encaixam nas típicas noções binárias de corpos masculinos e femininos;
  • A (Assexual): quem não sente atração sexual por outras pessoas, independente do gênero;
  • P (Pansexual): pessoa que sente atração sexual ou romântica por pessoas de todos os sexos ou gêneros;
  • N (Não binário): quem se identifica com diferentes identidades de gênero, não necessariamente masculino ou feminino;
  • +: o símbolo de “mais” no final da sigla aparece para incluir outras identidades de gênero e orientações sexuais que não se encaixam no padrão heteronormativo, mas que não aparecem em destaque antes do símbolo.

Além disso, se você não tem familiaridade com o público LGBTQIAPN+, tente conhecer suas necessidades, com ações como:

  • Realizar pesquisas de mercado;
  • Procurar por estudos sobre o grupo;
  • Se aproximar da realidade dessas pessoas;
  • Conversar com pessoas da comunidade.

4. Fique atento às datas importantes da comunidade LGBTQIAPN+

Conhecer algumas datas importantes para a comunidade LGBTIAPN+ irá ajudar a pensar em estratégias para mostrar apoio e, consequentemente, divulgar a sua marca. Alguns eventos para você ficar por dentro são:

  • 29 de janeiro: Dia Nacional da Visibilidade Trans;
  • 31 de março: Dia Internacional da Visibilidade Trans;
  • 17 de maio: Dia Internacional de Combate à Homofobia;
  • 28 de junho: Dia Internacional do Orgulho Gay;
  • 29 de agosto: Dia Nacional da Visibilidade Lésbica;
  • 23 de setembro: Dia da Visibilidade Bissexual;
  • 26 de outubro: Dia da Visibilidade Intersexual;
  • 8 de novembro: Dia da Solidariedade Intersexual;
  • 8 de dezembro: Dia da Pansexualidade.

Mas lembre-se: a comunidade LGBT espera o posicionamento favorável à diversidade e o apoio às suas causas durante todo o ano, e não apenas receber atenção nas datas em que se pode vender por meio delas.

💡 Saiba mais: Como criar um site?

5. Mantenha-se atualizado

É importante manter-se atualizado sobre as tendências e desenvolvimentos no mercado LGBTQIAPN+ para garantir que seu negócio continue sendo relevante e competitivo.

Alguns exemplos incluem participar de eventos e conferências relacionadas ao setor e conferir de perto os estudos sobre a comunidade LGBT.

Exemplos de empreendedorismo LGBT

Abaixo, veja alguns exemplos de empreendedorismo LGBT para você se inspirar:

Macchi

A Macchi, uma joalheria online hospedada na plataforma de e-commerce da Nuvemshop, revolucionou o segmento ao oferecer alianças para o público LGBTQIAPN+.

🚀 Conheça o case de sucesso: Macchi: da joalheria tradicional ao e-commerce revolucionário

Os acessórios são temáticos e reforçam a mensagem de que todas as formas de amor são igualmente válidas.

Maria João Camisaria

A loja virtual Maria João Camisaria, também hospedada na plataforma de e-commerce da Nuvemshop, produz camisas e shorts que buscam trazer à tona a discussão sobre a representatividade LGBTQIAPN+ no setor da moda. Confira:

Captura de tela da loja Maria João como exemplo de empreendedorismo LGBT.

Pronto para empreender no segmento LGBTQ?

Ao longo deste artigo, vimos algumas dicas para o empreendedorismo LGBT. Lembre-se de se planejar bem para não parecer oportunista. Uma marca pode prejudicar seriamente a sua imagem ao tentar se aproveitar do nicho sem gerar nada em troca.

Se você pensa em começar a vender online para o público LGBT, crie sua loja virtual grátis na Nuvemshop e aproveite todos os recursos para montar seu e-commerce do zero, sem precisar de conhecimentos técnicos.

Aqui você encontra:
Perguntas frequentes

A principal dica para começar o empreendedorismo LGBT é: seja um defensor da causa. Isso porque, quando o público comprador percebe que isso não acontece, costumam associar a marca ao chamado pinkwashing, isto é, a autopromoção às custas do movimento com interesse apenas econômico. Em seguida, conheça o seu público-alvo e defina o seu nicho de atuação. Por fim, é importante ficar atento às datas importantes da comunidade LGBTQIAPN+ para fidelizar clientes, mostrar apoio e, consequentemente, divulgar a sua marca.

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