Quanto custa um funcionário para a empresa?

- O custo médio do trabalhador pode ser até R$ 2.629,46 por mês para a empresa, dependendo do regime tributário que ela se enquadra;
- O custo de um funcionário inclui os encargos trabalhistas, como décimo terceiro salário, adicional de férias, vale-transporte, INSS do empregador, entre outros;
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Conforme um negócio cresce, é muito comum ampliar a equipe, mas muitos empresários ainda têm dúvidas sobre quanto custa um funcionário para a empresa e como registrar um colaborador.
Inclusive, um estudo realizado pela Nuvemshop com 2 mil empresários do e-commerce descobriu que o maior desafio para empreendedores de alto faturamento, acima de R$ 50 mil por mês, é contratar funcionários.
Além disso, é normal não conhecer o passo a passo para registrar um funcionário corretamente.
Por isso, seja a sua empresa uma microempresa (ME), um negócio de pequeno ou médio porte (EPP) ou até mesmo se você é um microempreendedor (MEI), saber o custo para contratar um funcionário é importante.
Pensando nisso, neste artigo, vamos explorar quanto custa um funcionário por mês para a empresa. Saiba também como registrar um colaborador, calcular quanto custa um funcionário para a empresa e o limite para os diferentes tipos de empresa.
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Quanto custa um funcionário para a empresa?
Contratar um funcionário exige que sua empresa cumpra com algumas obrigações legais e encargos, para ficar de acordo com a legislação trabalhista.
Você pode contratar funcionários na modalidade CLT ou como Pessoa Jurídica (PJ). Tudo vai depender do nível de responsabilidades, modelo de trabalho e envolvimento que você espera do novo colaborador.
Mais adiante, abordaremos quanto custa contratar um funcionário em ambas as modalidades.
No entanto, podemos adiantar que o custo de um funcionário para uma empresa vai além do salário base que é pago ao colaborador. Inclui também encargos trabalhistas e benefícios concedidos.
Os encargos podem variar de acordo com a legislação, mas geralmente incluem custos como:
- INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para benefícios previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença e salário maternidade;
- FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço);
- 13º salário;
- Férias;
- Seguro contra acidentes de trabalho.
Também é necessário considerar os custos diretos, aqueles pagos diretamente ao funcionário:
- Salário bruto;
- Benefícios, como plano de saúde, vale-refeição, vale-transporte e seguro de vida.
Assim, calcular o custo de um funcionário exige considerar não apenas o salário pago, mas também todos esses encargos e benefícios adicionais.
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Quanto custa um funcionário CLT?
A modalidade CLT é a mais comum no Brasil e oferece a maior segurança jurídica para ambas as partes, principalmente se sua empresa tem funcionários em tempo integral e com jornada fixa.
O custo do funcionário também varia bastante de acordo com o nível de experiência, habilidades e demanda do mercado. No contexto do e-commerce, por exemplo, o gerente de e-commerce geralmente tem um salário mais elevado, devido à sua expertise em comércio eletrônico e marketing digital.
Dependendo do nível de qualificação necessário, pode ser interessante também oferecer bônus, comissões, participação nos lucros e outros incentivos para ajudar a empresa a bater suas metas e reter talentos.
Abaixo, você confere alguns dos principais custos para registrar um funcionário na modalidade CLT:
Encargos sociais
As empresas devem pagar contribuições obrigatórias para a Previdência Social, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), e outros fundos destinados a benefícios trabalhistas.
Estes encargos variam dependendo do salário do funcionário e do regime tributário da empresa.
Além disso, é fundamental verificar a convenção coletiva da categoria profissional à qual a função que você quer contratar pertence. Isto é importante, uma vez que pode haver exigências específicas.
Além destes encargos, a empresa também precisa considerar outros custos, como:
Férias e 13º salário
A empresa deve conceder férias remuneradas ao funcionário, com um acréscimo de 1/3 do salário, além de pagar o 13º salário no final do ano, que corresponde a 1/12 do salário para cada mês trabalhado;
Horas extras e adicional noturno
Caso o colaborador trabalhe além da jornada normal de trabalho, a empresa precisa pagar horas extras com acréscimo de 50% ou 100% do valor da hora normal, dependendo do caso.
Além disso, se o funcionário trabalhar no período noturno, é necessário pagar o adicional noturno, que varia de 20% a 40% do valor do salário.
Licenças e afastamentos
Em caso de afastamentos por doença, licença-maternidade, licença-paternidade, entre outros, a empresa precisa continuar pagando o salário do contratado e arcar com os custos dessas licenças.
Impostos
Além dos encargos sociais, contratar um funcionário envolve os impostos de folha de pagamento, como o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o PIS (Programa de Integração Social), a COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte).
As empresas registradas no Simples Nacional, com receita bruta anual de até R$ 4,8 milhões, no entanto, pagam menos impostos trabalhistas em relação às grandes empresas.
Portanto, se sua empresa é pequena ou média e não ultrapassou esta receita anual, não precisa pagar encargos de INSS patronal e seguro acidente de trabalho (SAT), por exemplo.
Estes encargos são pagos apenas por empresas maiores, no regime tributário de lucro presumido.
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Benefícios
Para funcionários em tempo integral, alguns benefícios são obrigatórios, como vale-transporte, caso o colaborador necessite de transporte público para trabalhar.
De acordo com a lei, o funcionário deve ter um desconto de 6% do valor do seu salário destinado ao vale-transporte, e o restante é pago pela empresa. Portanto, quanto menor o salário do funcionário, maior é o custo do transporte para a empresa.
Já o vale-refeição ou alimentação não é obrigatório, a não ser que esteja previsto na convenção coletiva da função. No entanto, é um incentivo básico oferecido pela maioria das empresas.
Outros benefícios, como plano de saúde e seguro de vida, também são opcionais.
Como calcular quanto custa um funcionário para a empresa?
Para calcular o custo com o funcionário, é necessário somar todos os gastos que o colaborador gera para o negócio, incluindo o salário base, benefícios e direitos trabalhistas.
Neste exemplo, vamos considerar tributos e descontos principais, além do vale-transporte. Então, lembre-se de inserir outros gastos, caso sua empresa ofereça demais benefícios, como vale-alimentação, por exemplo.
Veja quanto custa um funcionário com salário mínimo atual R$ 1518:
Simples Nacional
Para os optantes do Simples Nacional, considerando o valor do salário mínimo vigente, o cálculo fica assim:
- Fração de férias: R$ 168,65
- Fração de 13º salário: R$ 126,44
- FGTS: R$ 121,44
- FGTS (Provisão de multa para rescisão): R$ 60,72
- Previdenciário (férias, FGTS e DSR): R$ 120,38
- Vale-transporte: R$ 106,92 (considerando passagem de R$ 4,50 e 22 dias trabalhados)
Assim, a empresa precisaria desembolsar R$ 704,62 a mais além do salário bruto, o que representa 46,41% de encargos sobre o salário.
O gasto total com esse funcionário seria R$ 2.222,62.
Lucro Presumido
Já para empresas optantes pelo Lucro Presumido, o cálculo de um funcionário por mês recebendo um salário mínimo é feito dessa forma:
- Fração de férias: R$ 168,65
- Fração de 13º salário: R$ 126,44
- FGTS: R$ 121,44
- FGTS (Provisão de multa para rescisão): R$ 60,72
- Previdenciário (férias, FGTS e DSR): R$ 120,38
- Vale-transporte: R$ 107 (considerando passagem de R$ 4,50 e 22 dias trabalhados)
- INSS (Empresa – 20%): R$ 303,60
- SAT (1% a 3%): R$ 15,18 a R$ 45,54
- Incra / SENAI / SESI / SEBRAE (5,8%): R$ 88,05
Assim, a empresa precisaria desembolsar, no mínimo, R$ 1.111,46 a mais além do salário bruto, o que representa 73,23% de encargos sobre o salário.
O gasto total com esse funcionário seria R$ 2.629,46.
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Legislação e Reforma Trabalhista
A Reforma Trabalhista — Lei nº 13.647/2017 trouxe alterações relevantes na legislação que rege a relação entre empregado e empregador.
A nova Lei é um conjunto de normas que define os parâmetros de como proceder diante determinados aspectos que envolvem os direitos trabalhistas.
Confira, a seguir, os pontos principais que foram alterados na Reforma Trabalhista e que precisam ser levados em consideração ao contratar um novo funcionário:
- Jornada de trabalho: pode ser estendida para até 12 horas, desde que se tenha, pelo menos, 36 horas de descanso e não ultrapasse o limite de 44 horas por semana;
- Admissões: empregador pode buscar prestadores de serviços para as atividades da empresa — o profissional terceirizado deve ter as mesmas condições de trabalho dos demais funcionário;
- Férias: podem ser divididas em até três períodos e ⅓ deve ser pago em forma de abono pecuniário;
- Demissões e rescisões: empresa pode finalizar o contrato de trabalho em comum acordo com o colaborador;
- Contribuição sindical: facultativa, o empregado deve solicitar o desconto previamente.
Quanto custa um funcionário PJ para a empresa?
Agora que já vimos tudo sobre quanto custa um funcionário CLT para a empresa, vamos conferir como funciona no formato PJ.
Para Pessoa Jurídica, a empresa pode repassar o dinheiro que seria gasto com os encargos diretamente para o funcionário. No entanto, o profissional precisa ter um CNPJ aberto em seu nome.
Nesse formato, porém, é preciso estar ciente de que o colaborador deve ter flexibilidade de horários e não ter vínculo empregatício com a empresa. Não pode haver nenhum fator que vincule-o à empresa, como, por exemplo, início e término da jornada diária definida, ou seja, horário para entrar e sair.
É importante saber que este tipo de exigência gera vínculo de trabalho e, uma vez que isso aconteça, a empresa está sujeita a processos trabalhistas.
Em contrapartida, o profissional PJ não tem direito aos chamados benefícios sociais, como décimo terceiro e férias é auxílio-desemprego, em caso de demissão.
No cenário do e-commerce, por exemplo, é muito comum que empresas contratem gestores de tráfego e profissionais de marketing neste modelo. Em contrapartida, estes profissionais têm autonomia para trabalhar para outras empresas ao mesmo tempo.
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Qual é o limite de funcionários?
Agora que você já sabe os principais custos envolvidos na contratação de um funcionário, também é preciso se atentar ao limite de funcionários para cada tipo de empresa.
A seguir, vamos abordar o limite de funcionários para microempresa, MEI e empresas de pequeno porte (EPP).
Microempresa pode ter quantos funcionários?
Uma Microempresa (ME) pode empregar diretamente até nove pessoas no comércio e na área de serviços. Já no setor industrial, o limite é de até 19 profissionais.
Empresa de pequeno porte pode ter quantos funcionários?
As empresas de pequeno porte (EPP) podem empregar até 49 pessoas, incluindo funcionários e sócios. A partir de 50 colaboradores, a empresa já é considerada de médio porte, e, ultrapassando 100 funcionários, já é uma grande empresa.
Quantos funcionários pode ter um MEI?
O microempreendedor individual (MEI), com limite de faturamento anual de até R$ 81 mil, pode ter apenas um funcionário, com salário limitado a um salário mínimo ou ao piso da categoria profissional.
💡Saiba mais: Como abrir uma empresa em 13 passos?
Tudo certo sobre quanto custa contratar um funcionário?
Em um cenário de crescimento do seu negócio, é importante que você esteja ciente de quanto custa contratar um funcionário para a empresa.
Neste artigo, entendemos que os custos vão além do salário base e incluem encargos sociais, impostos, benefícios obrigatórios, licenças, entre outros. Calcular adequadamente a estrutura de custos é fundamental para garantir uma gestão financeira saudável.
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