Quanto custa um funcionário para a empresa?
O custo médio do trabalhador pode ser até 2,83 vezes maior que o salário que ele recebe da empresa para contratos de 12 meses. Esse custo inclui os encargos trabalhistas, como décimo terceiro salário, adicional de férias, vale-transporte, INSS do empregador, entre outros.
Conforme um negócio cresce, é muito comum ampliar a equipe, mas muitos empresários têm dúvidas sobre quanto custa um funcionário para a empresa e como registrar um colaborador.
Inclusive, um estudo realizado pela Nuvemshop com 2.000 empresários do e-commerce descobriu que o maior desafio para empreendedores de alto faturamento, acima de R$ 50 mil por mês, é contratar funcionários.
Além disso, é normal não conhecer o passo a passo para registrar um funcionário corretamente.
Por isso, seja a sua empresa uma microempresa (ME), um negócio de pequeno ou médio porte (EPP) ou até mesmo se você é um microempreendedor (MEI), saber o custo para contratar um funcionário é essencial.
Pensando nisso, neste artigo, vamos explorar quanto custa um funcionário para a empresa. Saiba também como registrar um colaborador e o limite de funcionários para os diferentes tipos de empresa. Então, vamos lá?
Quanto custa um funcionário para a empresa?
Contratar um funcionário exige que sua empresa cumpra com algumas obrigações legais e encargos, para ficar de acordo com a legislação trabalhista.
Você pode contratar funcionários na modalidade CLT ou como Pessoa Jurídica (PJ). Tudo vai depender do nível de responsabilidades, modelo de trabalho e envolvimento que você espera do novo colaborador.
Mais adiante, abordaremos quanto custa contratar um funcionário em ambas as modalidades.
No entanto, podemos adiantar que o custo de um funcionário para uma empresa vai além do salário base que é pago ao colaborador. Inclui também encargos trabalhistas e benefícios concedidos.
Os encargos podem variar de acordo com a legislação, mas geralmente incluem custos como contribuições previdenciárias, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), seguro contra acidentes de trabalho e outros benefícios obrigatórios por lei.
Além disso, os benefícios oferecidos pela empresa, como plano de saúde, vale-refeição, vale-transporte, entre outros, também aumentam o custo total do funcionário para a empresa.
Assim, calcular o custo de um funcionário exige considerar não apenas o salário pago, mas também todos esses encargos e benefícios adicionais.
Quanto custa um funcionário CLT?
A modalidade CLT é a mais comum no Brasil e oferece a maior segurança jurídica para ambas as partes, principalmente se sua empresa tem funcionários em tempo integral e com jornada fixa.
O custo do funcionário também varia bastante de acordo com o nível de experiência, habilidades e demanda do mercado. No contexto do e-commerce, por exemplo, o gerente de e-commerce geralmente tem um salário mais elevado, devido à sua expertise em comércio eletrônico e marketing digital.
Dependendo do nível de qualificação necessário, pode ser interessante também oferecer bônus, comissões, participação nos lucros e outros incentivos para ajudar a empresa a bater suas metas e reter talentos.
Abaixo, você confere alguns dos principais custos para registrar um funcionário na modalidade CLT.
Encargos sociais
As empresas devem pagar contribuições obrigatórias para a Previdência Social, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), e outros fundos destinados a benefícios trabalhistas. Estes encargos variam dependendo do salário do funcionário e do regime tributário da empresa.
💡 Saiba mais: RAIS: o que é, quem precisa declarar e qual o prazo?
Além disso, é fundamental verificar a convenção coletiva da categoria profissional à qual a função que você quer contratar pertence. Isto é importante, uma vez que pode haver exigências específicas.
Além destes encargos, a empresa também precisa considerar outros custos, como:
- Férias e 13º salário: a empresa deve conceder férias remuneradas ao funcionário, com um acréscimo de 1/3 do salário, além de pagar o 13º salário no final do ano, que corresponde a 1/12 do salário para cada mês trabalhado;
- Horas extras e adicional noturno: caso o colaborador trabalhe além da jornada normal de trabalho, a empresa precisa pagar horas extras com acréscimo de 50% ou 100% do valor da hora normal, dependendo do caso. Além disso, se o funcionário trabalhar no período noturno, é necessário pagar o adicional noturno, que varia de 20% a 40% do valor do salário;
- Licenças e afastamentos: em caso de afastamentos por doença, licença-maternidade, licença-paternidade, entre outros, a empresa precisa continuar pagando o salário do contratado e arcar com os custos dessas licenças.
Impostos
Além dos encargos sociais, contratar um funcionário envolve os impostos de folha de pagamento, como o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o PIS (Programa de Integração Social), a COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte).
As empresas registradas no Simples Nacional, com receita bruta anual de até R$ 4,8 milhões, no entanto, pagam menos impostos trabalhistas em relação às grandes empresas.
Portanto, se sua empresa é pequena ou média e não ultrapassou esta receita anual, não precisa pagar encargos de INSS patronal, seguro acidente do trabalho (SAT) e contribuições ao SENAI, por exemplo.
Estes encargos são pagos apenas por empresas maiores, no regime tributário de lucro presumido.
Por isso, tenha a contabilidade em dia e converse com um profissional sobre o regime mais vantajoso para contratar, combinado?
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Benefícios
Para funcionários em tempo integral, alguns benefícios são obrigatórios, como vale-transporte, caso o colaborador necessite de transporte público para trabalhar.
De acordo com a lei, o funcionário deve ter um desconto de 6% do valor do seu salário destinado ao vale-transporte, e o restante é pago pela empresa. Portanto, quanto menor o salário do funcionário, maior é o custo do transporte para a empresa.
Já o vale-refeição ou alimentação não é obrigatório, a não ser que esteja previsto na convenção coletiva da função. No entanto, é um incentivo básico oferecido pela maioria das empresas.
Outros benefícios, como plano de saúde e seguro de vida, também são opcionais.
Quanto custa um funcionário PJ para a empresa?
No formato PJ (Pessoa Jurídica), a empresa pode repassar o dinheiro que seria gasto com os encargos diretamente para o funcionário. No entanto, o profissional precisa ter um CNPJ aberto em seu nome.
Nesse formato, porém, é preciso estar ciente de que o colaborador deve ter flexibilidade de horários e não tenha vínculo empregatício com a empresa. Não pode haver nenhum fator que vincule-o à empresa, como, por exemplo, início e término da jornada diária definida, ou seja, horário para entrar e sair.
É importante saber que este tipo de exigência gera vínculo de trabalho e, uma vez que isso aconteça, a empresa está sujeita a processos trabalhistas.
Em contrapartida, o profissional PJ não tem direito aos chamados benefícios sociais, como décimo terceiro e férias é auxílio-desemprego, em caso de demissão.
No cenário do e-commerce, por exemplo, é muito comum que empresas contratem gestores de tráfego e profissionais de marketing neste modelo. Em contrapartida, estes profissionais têm autonomia para trabalhar para outras empresas ao mesmo tempo.
Qual é o limite de funcionários?
Agora que você já sabe os principais custos envolvidos na contratação de um funcionário, também é preciso se atentar ao limite de funcionários para cada tipo de empresa.
A seguir, vamos abordar o limite de funcionários para microempresa, MEI e empresas de pequeno porte (EPP).
Microempresa pode ter quantos funcionários?
Uma Microempresa (ME) pode empregar diretamente até 9 pessoas no comércio e na área de serviços. Já no setor industrial, o limite é de até 19 profissionais.
Empresa de pequeno porte pode ter quantos funcionários?
As empresas de pequeno porte (EPP) podem empregar até 49 pessoas, incluindo funcionários e sócios. A partir de 50 colaboradores, a empresa já é considerada de médio porte, e, ultrapassando 100 funcionários, já é uma grande empresa.
Quantos funcionários pode ter um MEI?
O microempreendedor individual (MEI), com limite de faturamento anual de até R$ 81 mil, pode ter apenas um funcionário, com salário limitado a um salário mínimo ou ao piso da categoria profissional.
Tudo certo sobre quanto custa contratar um funcionário?
Em um cenário de crescimento do seu negócio, é essencial que você esteja ciente de quanto custa contratar um funcionário para a empresa.
Neste artigo, entendemos que os custos vão além do salário base e incluem encargos sociais, impostos, benefícios obrigatórios, licenças, entre outros. Calcular adequadamente a estrutura de custos é fundamental para garantir uma gestão financeira saudável.
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