O que é regime tributário, quais os tipos e como escolher?

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Regime tributário é um conjunto de regras que estabelece como as empresas devem calcular e pagar seus impostos. Enquadrar a sua empresa na opção certa é importante para garantir a conformidade fiscal e evitar problemas com o governo.


Se você decidiu abrir um negócio, escolher o regime tributário certo é um passo importante para garantir a conformidade fiscal.

Entender as opções disponíveis e escolher a ideal pode ser uma tarefa burocrática e complicada para os empreendedores, mas se dedicar ao processo é importante para não cair em armadilhas financeiras.

Neste artigo, vamos descomplicar o regime tributário, mostrando sua importância, quais os tipos no Brasil e como escolher o melhor para sua empresa. Ficou interessado? Então, vamos lá! 💰

O que é regime tributário?

Regime tributário é um conjunto de normas e leis que define como uma empresa deve pagar os impostos devidos ao governo, com base na regulamentação da atividade tributária de Pessoas Jurídicas (PJ) no Brasil.

Por meio dessas regras, é determinada a forma de arrecadação de tributos, ou seja, as alíquotas aplicáveis, os tipos de impostos devidos e como as obrigações fiscais devem ser cumpridas por parte das empresas.

Os regimes tributários no Brasil são divididos em três categorias principais: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.

Escolher o regime tributário adequado depende de vários fatores, como o tipo de atividade da empresa, seu faturamento anual, sua margem de lucro e as particularidades de cada setor.

Optar pelo regime tributário correto é importante para garantir que a empresa cumpra suas obrigações fiscais corretamente e evite problemas futuros com o fisco.

💡 Saiba mais: O que é planejamento tributário e como fazê-lo?

Quais são os regimes tributários no Brasil?

Como vimos, existem três regimes tributários no Brasil: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. O empreendedor precisa enquadrar o seu negócio dentre essas opções.

Confira, a seguir, como cada um funciona e suas principais características:

Simples Nacional

O Simples Nacional é o regime tributário mais vantajoso para os negócios. É destinado para Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) — incluindo Microempreendedor Individual (MEI).

Para optar por esse regime é necessário cumprir alguns requisitos:

  • Faturamento de até R$ 81 mil por ano ou R$ 6.750 por mês para MEI;
  • Faturamento bruto anual de até R$ 4,8 milhões para os demais tipos de empresa;
  • Ter natureza jurídica de sociedade empresária, sociedade simples, empresa individual, microempreendedor individual ou empresário individual;
  • Não ter nenhum dos impedimentos previstos nos artigos 3º, II, § 4º e 17 da Lei Complementar 123/2006.

O Simples Nacional foi instituído pela Lei Complementar 123/2006 e permite o recolhimento unificado dos tributos: PIS, IPI, Cofins, CSLL, ICMS, ISS e Imposto de Renda de Pessoa Jurídica. As alíquotas de imposto variam entre 4% e 22,90%, de acordo com o tipo de atividade econômica.

Além disso, o Simples Nacional oferece benefícios, como:

  • Simplificação tributária;
  • Redução de encargos sobre a folha de pagamento;
  • Preferência em licitações públicas;
  • Processo de abertura e registro simplificado;
  • Cadastro gratuito para MEI;
  • Tributos simplificados e reduzidos.

Lucro Presumido

O regime tributário de Lucro Presumido utiliza uma estimativa de lucro para realizar o cálculo dos impostos devidos pela empresa. Ou seja, a tributação é baseada na presunção de lucro e não no lucro real efetivo.

As alíquotas variam conforme o tipo de atividade da empresa: geralmente, 8% para atividades comerciais e industriais e 32% para prestação de serviços.

O Lucro Presumido é indicado para empresas com:

  • Receita bruta anual entre R$ 4 milhões e R$ 78 milhões;
  • Não operar em ramos específicos, como bancos e empresas públicas;
  • Margem de lucro elevada;
  • Custos operacionais baixos.

Oferece algumas vantagens, como:

  • Alíquotas menores para PIS e COFINS;
  • Menor chance de recolhimento incorreto;
  • Economia nos impostos quando o lucro da empresa é maior do que o percentual de isenção.

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Lucro Real

Já o Lucro Real é baseado no lucro efetivo da empresa, ou seja, o cálculo dos impostos considera o lucro líquido sem contar com as despesas e custos da receita total. O regime é para empresas que:

  • Faturam mais de R$ 78 milhões por ano;
  • Instituições bancárias;
  • Sociedades de crédito, financiamento e investimento;
  • Cooperativas de crédito;
  • Empresas de seguros privados e de capitalização.

Este regime é considerado mais burocrático e complexo, uma vez que é importante manter registros precisos das transações para comprovar a veracidade dos valores declarados. Além disso, cada tributo é declarado em guia individual.

Dentre as principais vantagens do Lucro Real, temos:

  • Utilização de créditos do PIS e COFINS;
  • Possibilidade ampla de Planejamento Tributário;
  • Dedutibilidade de despesas;
  • Escolha estratégica para empresas com lucro menor que 32%;
  • Possibilidade de aproveitamento de prejuízos fiscais.

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Como escolher entre os regimes tributários?

Agora que você já sabe quais são os principais regimes tributários brasileiros, vamos entender como enquadrar sua empresa corretamente em um deles.

Escolher o regime tributário adequado para sua empresa é um passo importante, já que uma escolha errada pode afetar a conformidade com as obrigações fiscais e o crescimento financeiro do negócio.

Além disso, é importante estar atento para fazer o enquadramento tributário correto e evitar gastos a mais, ou a menos, com impostos.

Para fazer essa escolha, considere os seguintes pontos:

  • Tipo de atividade exercida;
  • Faturamento anual;
  • Tipo de sociedade escolhido;
  • Margem de lucro;
  • Porte da empresa.

É importante lembrar que a escolha do regime tributário deve ser revisada periodicamente, já que alterações no desempenho da empresa e mudanças de leis podem alterar o regime tributário ideal.

No processo para escolher o melhor regime tributário busque a orientação de um contador. Isso porque o profissional pode avaliar se o regime atual é o mais vantajoso, considerando fatores como lançamentos fiscais do último ano-calendário, número de colaboradores e demais variáveis que podem influenciar a alíquota final e a carga tributária.

💡 Saiba mais: O que é contabilidade: tudo o que o empreendedor precisa saber

Quais são os principais impostos pagos pelas empresas?

Agora que você já sabe o que é regime tributário e como escolher o ideal para seu negócio, vamos conferir os oito principais impostos federais, estaduais e municipais que precisam ser pagos. Veja:

1. Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)

O IRPJ é um tributo recolhido pela Receita Federal sobre os lucros obtidos por Pessoas Jurídicas no ano-calendário anterior.

O cálculo do imposto varia significativamente de acordo com o regime tributário da organização.

💡 Saiba mais: O que é substituição tributária, quais os tipos e como aplicar?

2. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

O imposto também é um tributo federal sobre Pessoas Jurídicas, ele incide diretamente sobre o lucro líquido das empresas operantes no Brasil.

Representa uma contribuição social para a Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde Pública.

Seu cálculo acompanha o sistema tributário estabelecido para recolhimento do IRPJ, com taxas que variam entre 9% e 15%.

3. Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP)

O PIS/PASEP é uma contribuição federal de caráter social para que as empresas contribuam com o Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Essa arrecadação é necessária para o pagamento do abono, seguro-desemprego e participação dos órgãos e entidades. A sua alíquota pode variar entre 0,65% e 1,65%.

4. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)

COFINS é um imposto federal que incide sobre o faturamento da empresa e tem como objetivo arrecadar recursos para o financiamento de programas e ações voltados à seguridade social, como saúde pública e previdência social.

As companhias do regime tributário Simples Nacional estão isentas da obrigação de pagamento do imposto.

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5. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS)

O ICMS é um imposto de competência estadual que incide sobre a circulação de mercadorias e algumas prestações de serviço.

Ou seja, empresas que realizam transações comerciais e prestação de serviços de transporte, de comunicação e de energia elétrica são obrigadas a contribuir com o ICMS.

Por se tratar de um imposto estadual, no ICMS a alíquota varia de acordo com cada estado.

6. Imposto Sobre Serviços (ISS)

O ISS é um tributo municipal que deve ser pago quando existe a prestação de serviços de qualquer natureza.

Assim, a alíquota varia de acordo com o município, o valor mínimo é de 2% e o máximo é de 5%.

7. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

Outro imposto federal, o IPI incide sobre produtos industrializados, sejam eles importados ou nacionais. A alíquota do imposto varia de acordo com a mercadoria.

8. Contribuição Patronal Previdenciária (CPP)

Por fim, o CPP é um tributo federal destinado ao financiamento da Previdência Social no Brasil. A sua arrecadação é feita por meio das remunerações totais que a empresa concede aos seus colaboradores durante o período de um mês.

💡 Saiba mais: Abrir empresa online: como fazer o processo pela internet

Entendeu o que é regime tributário?

Esperamos que este conteúdo tenha ajudado você a entender o que é regime tributário, quais os tipos e como escolher o melhor para seu tipo de empresa. Lembre-se de que esse é um conceito importante para manter a saúde financeira do negócio e garantir a conformidade com o governo.

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Perguntas frequentes

Regime tributário é um conjunto de normas e leis que define como uma empresa deve pagar os impostos devidos ao governo, com base na regulamentação da atividade tributária de pessoas jurídicas (PJ) no Brasil.

Os tipos de regime tributário no Brasil são: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.

Para escolher um regime tributário é necessário levar em consideração o tipo de atividade exercida pela empresa, seu faturamento anual, tipo societário escolhido, margem de lucro e o porte da empresa. Com essas informações é possível enquadrar seu negócio no melhor regime tributário.

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